quarta-feira, julho 21, 2010

Herberto Helder (sem acento):

Amor,
o fogo que arde sem se ver
é na realidade
uma doença sexualmente transmissível
e é fodido


5 comentários:

  1. =) assim está melhor, mr. hugo.

    temos poeta. temos, temos...

    que bom!

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  2. «já lá estive, é quadrado».

    o abismo é subjectivo. varia consoante o sujeito que o atravessa ;)

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  3. nao,nao caralhote lol, sou o boss dos trocadilhos, o subjectivo que varia consoante o abismo é que o atravessa.

    hugo és o maior, talvez grande, mas acho que apanhaste a ideia errada, porque estás a tirar o dualismo do neoplatonismo, que de neo não tem nada, expresso no poema original do Vaz, a matéria e o espírito. Aqui focas-te só na matéria, na doença sexualmente transmitível, mas Vaz queria dizer que o amor é perfeito, e nós somos imperfeitos, por isso nunca o alcançamos, e expressa-o através de contradições,metendo lógica num todo sem lógica, que não as vejo neste teu poema.
    Dito isto deixo-te um exemplo de como poderias talvez chegar mais perto do poema do Vaz:
    Amor,
    o que arde sem se ver,
    esporra.

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  4. força mano, estás lá

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  5. Eu gostei muito.
    Senti uma espécie de interseccionismo secular entre o Vaz e o Esteves Cardoso.
    Gostei também muito da parte em que não referes a hipótese de se amar desinteressadamente

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