sábado, julho 23, 2011

torto
ainda sufocado
arfando agarrado
ao pó agregado
que deixa a sua marca
nas veias do pescoço
maltratado
por onde flui a criatividade
bocado
a bocado
visão de terra
e seus mistérios
à qual nos agarrámos
qual barco naufragado
sente agora pois
o cordão umbilical
seu duro apertar
que turva as ideias
e não deixa criar
pois no seu espaço
ouvem-se apenas os duros cascos
raciocínio
paços
a rodopiar

ó homem do futuro
subnutrido
do fruto
da terra
da dádiva divina
grão-poesia
Pára!
escuta as palavras
sente o seu pulsar
telurico

no cando

Sem comentários:

Enviar um comentário