terça-feira, agosto 18, 2015

Soprou-me Agosto
na face do Tejo
e fui quem desejava ter sido
esse ser fresco e pueril
que deixa as intenções para os barcos
e os objectivos para os grandes cargueiros
de contentores
soprou-me essa brisa calma de uma vela
foi ela quem me fez
a aragem mãe
de todas as manhãs
agora abro as janelas da minha casa
vou até à varanda do meu escritório
e anseio que a minha habitação
seja o estuário da sua sabedoria


Sem comentários:

Enviar um comentário