estacionamos num mês frio
a nossa carne de Verão
na margem lada do Tejo
(estávamos aproximadamente sós no plano geral das coisas que não se vêm)
embalados pelo fogo
pairamos na superfície das águas
e deixamo-nos levar pela sua frescura
(naquele tempo não podiamos saber de onde nos vinha a inspiração)
em gestos serenos
buscámos sem rumo
o som da palavra desconhecida
(amor)
Sem comentários:
Enviar um comentário