No Tejo aprendi a nadar
a sua corrente multiplica-me o espaço
e deixa que aprecie a viagem
distanciando as coisas
para a mesma medida de cansaço
No Tejo aprendi a mergulhar
a sua profundidade amplia-me a dimensão
e deixa que aprecie o que é dado
na apneia já sem ar
para o aumento da pressão
No Tejo aprendi a flutuar
a sua densidade garante-me o sustento
e deixa que aprecie o céu
com a incerteza de um rumo
para um corpo sem alento
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